Rural
Pesquisa desenvolve batata resistente a doenças foliares
Variedade precisa de menos defensivos químicos
Foto: Giovani Olegário - DP - Teor relativamente alto de matéria seca permite cocção e fritura
Mais uma cultivar será lançada pelo Programa de Melhoramento Genético de Batata da Embrapa para ampliar o leque de opções ao setor produtivo. A BRS F50 (Cecília) apresenta como principal diferencial a resistência a doenças nas folhas, o que diminui a necessidade de uso de defensivos químicos, lhe conferindo indicação a sistemas orgânicos de produção. O material foi desenvolvido pela Embrapa Clima Temperado (RS) e pela Embrapa Hortaliças (DF) com testes nas estações experimentais Cascata (EEC), em Pelotas (RS), e Canoinhas (EECan), no estado de Santa Catarina.
A nova batata BRS F50 será lançada durante o Dia de Campo na propriedade de Leonardo Kmiecik, no distrito de Ferraria, em Campo Largo (PR), na quarta-feira (30), às 13h30min. Nos últimos anos, três variedades foram lançadas para atender a diferentes necessidades do setor produtivo. A BRS F50 (Cecília) é destinada ao cultivo orgânico, com melhor qualidade de tubérculo. “As outras variedades são para sistemas convencionais; não têm essa mesma resistência equilibrada a doenças foliares, que são as principais limitações ao sistema orgânico.
Uma das principais características da BRS F50 (Cecília) é sua resistência moderada a doenças foliares, como a requeima (Phytophthora infestans), principal doença da batata no mundo, que pode causar a perda total da produção, e a pinta preta (Alternaria grandis), também importante, que reduz o tamanho dos tubérculos e a produtividade.
No campo, apresenta elevado potencial produtivo, podendo chegar a 45 toneladas por hectare. As plantas têm porte médio a alto, com hábito de crescimento semiereto, e folhas moderadamente abertas. O ciclo vegetativo é médio, com cerca de 110 dias. “A combinação de produtividade, resistência a doenças foliares, aparência de tubérculo e conteúdo de matéria seca confere um produto versátil no campo e na mesa”, comenta o pesquisador Giovani Olegário da Silva, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da cultivar.
Características
> Apresenta maior resistência a duas das principais doenças da cultura: a requeima e a pinta preta.
> Essa resistência lhe confere indicação ao cultivo orgânico pela menor dependência de produtos químicos de controle.
> Produz tubérculos de pele amarela, preferida por entre 70% a 80% do mercado nacional.
Possui teor relativamente alto de matéria seca, o que lhe dá dupla finalidade de uso: cocção e fritura.
> Potencial produtivo elevado, podendo chegar a uma produção de 45 toneladas por hectare.
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